quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Reservas do Furacão e mistão do Fla se enfrentam por vaga nas oitavas (Postado por Erick Oliveira)

O time reserva do Atlético-PR e o mistão do Flamengo se enfrentam na noite desta quarta-feira, a partir de 21h50m (horário de Brasília), de olho em uma vaga nas oitavas de final da Copa Sul-Americana. Na briga para fugir do Z-4 do Campeonato Brasileiro, o técnico Renato Gaúcho escala 11 reservas. A principal novidade será a improvisação do volante Fransérgio como centroavante. Ele, que já atuou no setor no segundo tempo dos últimos dois jogos, agora terá uma chance desde o início.
Já o clube carioca, que luta para chegar à liderança do Brasileirão, terá uma equipe mista.  Ronaldinho Gaúcho, assim como no jogo de ida, deve começar no banco de reservas. O técnico Vanderlei Luxemburgo não divulgou a formação. A tendência é que Felipe, Alex Silva, Willians e Renato estejam em campo.
Como o primeiro jogo teve vitória do Fla por 1 a 0, o clube carioca se classifica se vencer ou empatar. Ao Furacão, resta vencer por dois gols de diferença. Vitória atleticana por 1 a 0 leva a decisão para os pênaltis. A partida terá arbitragem de Sálvio Spínola Fagundes Filho (BA), auxiliado por Alessandro Rocha (BA) e Erich Bandeira. A TV GLOBO transmite a partida para todo o Brasil, exceto para os estados de SP, GO, TO, CE, RS e as cidades de Petrolina-PE e Recife-PE. O GLOBOESPORTE.COM acompanha em Tempo Real, com vídeo dos principais lances, a partir de 21h20m.

Atlético-PR e Flamengo se encontraram pela última vez no primeiro jogo pela Copa Sul-Americana, no último dia 10, no Engenhão, no Rio de Janeiro. Na partida, os dois times pouparam titulares. Depois de ver a equipe criar muito pouco, o técnico Vanderlei Luxemburgo colocou em campo Thiago Neves e Ronaldinho Gaúcho, que marcou o gol de pênalti e deu a vitória para o Flamengo na primeira partida.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Fla minimiza perda da invencibilidade e goleada não causa maiores danos (Postado por Erick OLiveira)

A derrota por 4 a 1 para o Atlético-GO em pleno Engenhão poderia cair como uma bomba no Flamengo. Mas a boa campanha do time no Campeonato Brasileiro fez com que a goleada não causasse maiores estragos. Para Vanderlei Luxemburgo, a perda da invencibilidade pode ter um efeito moral positivo para o time acordar. Na vice-liderança da competição com 34 pontos, três a menos do que o Corinthians, o Rubro-Negro volta a campo domingo, contra o Internacional, em Porto Alegre.
Foi apenas a segunda derrota no ano. Antes, o Rubro-Negro perdera para o Ceará, por 2 a 1, no dia 5 de maio, em partida válida pela Copa do Brasil. Mas, desde 13 de novembro de 2010, já com Luxa no comando, o time não sabia o que era perder por três gols de diferença. Na ocasião, a equipe foi goleada por 4 a 1 pelo Atlético-MG, na Arena do Jacaré.
- Existe uma tendência do ser humano. Você não consegue se manter oito, nove, dez meses totalmente concentrado. Mas não estamos lidando com máquinas. Inconscientemente, o jogador acha que vai ganhar a hora que quer. Pode ser bom para a gente acordar e voltar a produzir.
Léo Moura, que na ausência de Ronaldinho Gaúcho usou a braçadeira de capitão na partida com o Atlético-GO, também não criou alarde com a perda da invencibilidade no Brasileirão.
- Não existe time imbatível. Queríamos a vitória para encostar no Corinthians. Agora, temos que vencer fora de casa para voltar a briga - afirmou o lateral-direito.
Para o jogo contra o Internacional, Vanderlei Luxemburgo terá a volta de Ronaldinho Gaúcho e Renato, que cumpriram suspensão diante do Atlético-GO por terem levado o terceiro cartão amarelo. O técnico acredita que o questionamento sobre a queda de produção do time sem Ronaldinho depois da derrota por 4 a 1 aconteceu mais por conta do resultado.
- Se ganhássemos, não teria essa questão de ausência - afirmou o treinador.
Nas cinco partidas que Ronaldinho ficou fora ao longo da temporada, o time ganhou apenas uma, empatou três e amargou uma derrota.
O time se reapresentará na tarde desta sexta-feira, no Ninho do Urubu.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Fla não terá Ronaldinho e Renato pela primeira vez na temporada (Postado por Erick Oliveira)

Vanderlei Luxemburgo tem Ronaldinho, Renato, Léo Moura e Angelim como pilares do Flamengo. Jogadores experientes que o auxiliam a posicionar a equipe, corrigir erros e indicar atalhos durante as partidas. No próximo compromisso, no entanto, não poderá contar com os dois primeiros. A dupla recebeu o terceiro cartão amarelo no empate por 2 a 2 com o Figueirense neste domingo e não enfrenta o Atlético-GO, quinta-feira, pela 17ª rodada.
Será a primeira vez que o treinador não vai poder contar com os dois na mesma ocasião. R10 disputou 34 dos 44 jogos da equipe na temporada. Foram 15 gols marcados. Ele é o artilheiro do Campeonato Brasileiro com nove gols e, depois que retomou a boa fase, tem sido decisivo para o Rubro-Negro com liderança e talento. Também é uma arma na bola parada.
Renato fez seis gols no ano e jogou 42 vezes. A marca do camisa 11 é a versatilidade. Quando necessário, Luxa o escalou como segundo volante e até de lateral-esquerdo. Depois da chegada de Airton, ele passou a jogar novamente um pouco mais adiantado, ao lado de Thiago Neves na armação. Assim como Ronaldinho, é ótima alternativa na bola parada e em chutes de longa distância.
Contra o Atlético-PR, quarta-feira passada, na estreia do time na Copa Sul-Americana, Vanderlei poupou Renato e Ronaldinho até os 15 minutos do segundo tempo. O time só chegou ao gol depois que eles e Thiago Neves, que também fora poupado, entraram: 1 a 0, gol de R10 de pênalti.
Bottinelli e Luiz Antonio são prováveis substitutos. Diego Maurício também é opção, caso o técnico queira uma formação mais ofensiva. O Flamengo tem 34 pontos e continua na vice-liderança. O Corinthians também tem 34, mas está em primeiro com uma vitória a mais: 10 a 9.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Ronaldinho entra e dá vitória ao Fla sobre o Atlético-PR no Engenhão (Postado por Erick Oliveira)

Ronaldinho Gaúcho desta vez não precisou de um jogo inteiro para decidir. O astro entrou aos 15 minutos do segundo tempo, junto com Thiago Neves e Renato, mudou para muito melhor o time do Flamengo e fez o gol - de pênalti - da vitória sobre o Atlético-PR, por 1 a 0, nesta quarta-feira, no Engenhão, pela primeira fase da Copa Sul-Americana. Esta, aliás, foi a primeira vez que o time carioca conseguiu uma vitoria na competição.
Agora, o Flamengo terá o empate e até derrota por um gol, desde que faça algum, no jogo de volta para passar de fase na Sul-Americana, algo também inédito. A segunda partida está marcada para o dia 24, na Arena da Baixada. O próximo adversário do brasileiro classificado sairá da partida entre Nacional-URU e o vencedor de Fénix-URU x Universidad de Chile.

A notícia não muito boa da noite para a torcida do Fla é que o Corinthians empatou sem gols com o Santos, na Vila Belmiro, e reassumiu a liderança do Campeonato Brasileiro.
O jogo, se é que houve jogo no primeiro tempo
Os astros do Flamengo, Ronaldinho e Thiago Neves, ficaram no banco - assim como Wellinton, Renato e Deivid, outros titulares poupados - e antes da partida ganharam mais a atenção de cinegrafistas e fotógrafos do que o time misto que entrava em campo. E a equipe que Vanderlei Luxemburgo escalou tinha um esquema que pouco agradara antes, o 3-5-2. Com ele, o Flamengo havia atuado muito mal contra o Atlético-MG, no Brasileiro, e só conseguiu virar o jogo e golear quando ele foi desfeito no segundo tempo.
Como era de se esperar, o Flamengo partiu para o ataque em busca do gol, com Diego
Mauricio se movimentando pelos lados do campo para auxiliar os laterais para servir Jael. Mas o centroavante não ficou tão fixo na área e num chute de fora da área quase abriu o marcador no início do jogo. O Atlético-PR, também cheio de reservas em campo (dos titulares, apenas Cleber Santana e Morro Garcia foram escalados por Renato Gaúcho), deu prioridade ao sistema defensivo, só indo à frente esporadicamente, em contra-ataques. O grande problema das duas equipes e de quem assistia ao jogo foram os muitos passes errados que prejudicaram o andamento da partida - foram 39 na primeira etapa, sendo 20 dos donos da casa e 19 dos visitantes. Quem fez parte do espetáculo talvez ponha a dívida na conta do já castigado gramado do Engenhão, mas as falhas se deram muito mais por precipitação, desentrosamento ou incompetência mesmo.
Um jogador em especial errava quase tudo o que tentava, Bottinelli, escalado como principal articulador do meio-campo do time carioca. E, depois de um bom início, Diego Maurício também começou a travar as ações ofensivas do Flamengo, que, com isso, não conseguia exercer a pressão que planejava e facilitava a tarefa defensiva do adversário.
O goleiro Santos é que quase engoliu um frangaço após chute de Luiz Antônio e teria certa razão se culpasse o gramado, porque um montinho - ou buraco - à sua frente quase fez jus ao apelido de artilheiro. Sorte do arqueiro foi ter conseguido desviar um pouco a trajetória da bola, que passou raspando a sua trave direita. Logo depois, o técnico do Atlético-PR teve de fazer uma alteração e pôs mais um reserva em campo: Rodriguinho saiu lesionado e deu lugar a Edigar Junio.
Os erros se sucederam, poucas chances foram criadas e o 0 a 0 foi de uma obviedade inquietante. Pelo que se relatou acima, por mais boa vontade que se tenha, a verdade é que a primeira etapa foi boa só para curar insones.
Segundo tempo muda com entradas de astros do Fla
No início do segundo tempo, um susto: Junior Cesar e Robston se chocaram de cabeça, caíram, saíram de campo, mas logo voltaram. As duas equipes retornaram com as mesmas formações da etapa inicial e os mesmos equívocos. Mas desta vez quem primeiro ameaçou abrir o placar foi o time paranaense, em forte chute de Cleber Santana que Felipe mandou a escanteio. Em seguida, Jael quase completou para o gol uma boa jogada de Diego Maurício pela direita.
No entanto, a paciência de Luxemburgo com seu time misto já havia ido embora, e a pequena torcida flamenguista presente (4.266, sendo 2.761 pagantes, que proporcionaram uma renda de R$ 71.450) pôde finalmente vibrar, aos 15 minutos, quando o treinador chamou Ronaldinho, Thiago Neves e Renato e os colocou em campo nos lugares de David Braz, Diego Maurício e Luiz Antônio, respectivamente.
A partir daí, o Flamengo parecia outro time - e na verdade era. As chances de gol logo começaram a surgir, e o Atlético-PR se entrincheirou ainda mais. Renato Gaúcho deixou claras as suas intenções ao colocar o volante Renan no lugar do centroavante Morro Garcia, aos 23 minutos.
Em dez minutos, o Flamengo de Ronaldinho, Thiago Neves e Renato criou mais e melhores oportunidades de gol do que em mais de uma hora sem eles. Mas o tempo foi passando e bola na rede, que é bom, nada. Com isso, o time paranaense passou a se sentir mais confiante e a arriscar alguns ataques, aproveitando o fato de o adversário ter reduzido o seu poder de marcação.
E foi Ronaldinho que acabou resolvendo o problema. Deu passe perfeito para Jael sofrer pênalti de Santos e depois cobrou com precisão para deixar o Flamengo na frente do marcador, já aos 37. O Atlético-PR ainda tentou empatar, mas Felipe garantiu o 1 a 0 construído e concluído por Ronaldinho.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Líder, Flamengo já pensa no título

 


Umuarama - Desde sábado, quando venceu o Coritiba por 1 a 0, e depois do Corinthians ter ficado no empate em 1 a 1 com o Atlético-PR no domingo, e pelo menos até amanhã a noite, quando o time de Tite faz o seu jogo atrasado com o Santos (veja box), o Flamengo é o líder do Campeonato Brasileiro. No topo da tabela com 33 pontos, o otimismo já vai tomando conta dos rubro-negros.
Além da boa campanha, um dado contribui para a empolgação. Isso porque, o Flamengo chegou à 15ª rodada de forma invicta, quebrando o seu próprio recorde na competição. Em 1974, o time ficou 14 jogos sem perder. Agora, são nove triunfos e seis empates.
O lateral Léo Moura destacou que a manutenção da boa campanha levará o Flamengo ao título brasileiro. “A vitória sobre o Coritiba foi muito merecida. O time lutou até o final. Temos que melhorar, mas se continuarmos nessa batida dificilmente o Flamengo não bate campeão”, afirmou.
Mais comedido, o técnico Vanderlei Luxemburgo não analisa apenas a liderança para traçar projeções. Porém, deixa claro que o percentual de pontos conquistado pelo Flamengo equivale a um postulante ao título.
“O importante é fazer a nossa parte. Estamos com um percentual fantástico, de time que quer chegar. Agora temos que passar a responsabilidade para o adversário. O Corinthians vai encontrar dificuldades, mas o nosso dever é manter o percentual alto. Vamos seguindo o nosso caminho”, comentou.
“Foram oito vitórias e dois empates. Isso é percentual de time que quer chegar”, emendou Luxa, para quem o time está muito próximo de alcançar a meta traçada no início do campeonato.
Para chegar ao título no dia 4 de dezembro, Luxemburgo avisou ao grupo que ganhar sete de cada nove pontos disputados tornaria provável a conquista do hepta. Isso significa obter 77,7% de aproveitamento a cada três compromissos.
E, em 15 rodadas, o Flamengo contabiliza 33 pontos, com um aproveitamento de 73,7%. O índice está exatamente quatro pontos percentuais abaixo do objetivo estipulado pelo treinador. Caso o grupo tivesse conseguido a performance ideal, estaria com 35 pontos, dois a mais do que soma atualmente na tabela.
Depois da vitória sobre o Coritiba, o time volta agora suas atenções para outro adversário paranaense. Amanhã, o duelo será contra o Atlético-PR, no Engenhão, pela Copa Sul-Americana.
  Classificação
1º Flamengo 33
2º Corinthians 32
3º São Paulo 31
4º Vasco 27
5º Palmeiras 27
6º Botafogo 25
7º Internacional 22
8º Figueirense 22
9º Fluminense 21
10º Coritiba 18
11º Cruzeiro 18
12º Ceará 18
13º Bahia 18
14º Atlético-MG 15
15º Grêmio 15
16º Santos 14
17º Atlético-GO 13
18º Avaí 13
19º Atlético-PR 12
20º América-MG 11

Timão minimiza 2º lugar
Umuarama – Após o empate em 1 a 1 com o Atlético-PR no domingo, o meia Alex tratou de minimizar a segunda colocação, com a liderança passando ao Flamengo, ressaltando que a equipe tem apenas um ponto a menos em relação ao Fla e ainda tem um jogo a menos, o clássico contra o Santos na quarta-feira.
“Ser líder é melhor, mas não abala em nada. O Flamengo também vai perder jogos, isso é certeza, estão num embalo grande que a gente também estava. Agora é focar o Santos, que é o jogo que realmente pode nos dar a liderança do campeonato”, afirmou o meia, que foi destaque em Curitiba e deve ser mantido no time titular contra o Peixe, em jogo adiado da quinta rodada.
 

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Jogadores do Cruzeiro querem atenção especial em Ronaldinho (Postado por Erick Oliveira)

Não bastasse enfrentar o vice-líder do Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro terá outro motivo para se preocupar no duelo desta quarta-feira, às 21h50m (de Brasília), contra o Flamengo: Ronaldinho Gaúcho. O camisa 10 rubro-negro é o artilheiro da competição, com nove gols, e dá mostras de que está em franca evolução.
Por isso, antes do confronto entre Raposa e Urubu, não se fala em outra coisa na Toca da Raposa. A principal dúvida é: como parar Ronaldinho Gaúcho? O lateral Diego Renan tem a receita na ponta da língua.
- Não dar espaço. Qualquer brecha, ele desequilibra. Temos que fazer uma marcação onde a gente dificulte ao máximo para ele.
A opinião do atleta é compartilhada pelo atacante Wallyson.
- Ronaldinho está vivendo um bom momento. O Ronaldinho que todo mundo conhece. Tem que ter marcação especial nele, senão vai acabar com o jogo. É um jogador que a qualquer momento pode fazer uma jogada de gol ou deixar o companheiro na cara do gol.
O atacante reconhece que o Cruzeiro não vem bem e vislumbra uma mudança contra o Flamengo.
- Nossa equipe ainda não jogou o futebol que ela sabe. Sabemos que estamos devendo um pouco com relação ao futebol do começo do ano. Mas vamos dar uma arrancada para subir mais no Brasileiro. Espero que já comece na quarta-feira, contra o Flamengo, pois temos condições de vencer.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Ronaldinho supera Adriano em gols marcados no início do Brasileirão (Postado por Erick Oliveira)

Adriano deixou o Flamengo órfão de um ídolo daqueles de provocar ansiedade e empáfia na torcida. O império, curto e incendiário, cujo ápice foi simbolizado pelo título brasileiro em 2009 e a derrocada pelo primeiro semestre apinhado de problemas no ano seguinte, marcou época. No início desta temporada, os rubro-negros estenderam o tapete para o novo monarca: Ronaldinho.

O astro, eleito duas vezes melhor do mundo, retornou ao futebol brasileiro após dez anos entre França, Espanha e Itália. O perfil do rei da Gávea é uma mistura de semelhanças e disparidades daquele que o antecedeu, hoje no Corinthians. O desempenho também. Apesar de não ser um atacante de área, Ronaldinho supera o antecessor nos gols marcados neste início do nacional. No último sábado, dia 30 de julho, participou do 12º jogo dele na competição, contra o Grêmio. Na mesma data, em 2009, Adriano também completara 12 partidas, contra o Atlético-MG. Na comparação do período, o atual camisa 10 leva ligeira vantagem: balançou as redes nove vezes (assista ao vídeo acima), uma a mais que o Imperador. Outra coincidência: R10 é o goleador da atual edição; Adriano dividia a liderança da lista de artilheiros com Felipe, do Goiás, e Diego Tardelli, do Atlético-MG.
Ao contrário de Ronaldinho, que participou de parte da pré-temporada e foi núcleo da montagem da equipe, Adriano estreou fora de forma, pesado, na quarta rodada do Brasileirão 2009. Encontrou um time abalado, que atravessava um momento instável por conta da crise de relacionamento entre o grupo de jogadores e Cuca. O atacante também viraria desafeto do treinador. Um comandante que não tinha a confiança dos atletas e havia perdido o controle sobre eles. Naquela época, o Imperador já provocava calafrios na comissão técnica quando os treinos eram marcados de manhã ou em dias seguintes aos jogos. Atrasos e faltas eram acobertados pela diretoria.
Comparecer aos treinamentos não foi problema nestes primeiros sete meses de R10 no Ninho do Urubu. Sempre pontual, sempre em campo. Em junho, porém, o noticiário sobre a presença constante do jogador na noite carioca deixou o clube em alerta. A diretoria recorreu ao irmão e empresário dele, Roberto Assis, para controlar os excessos. A polêmica coincidiu com a queda de rendimento do meia-atacante e uma incômoda sequência de quatro empates da equipe no Brasileirão.
A partir da vitória por 4 a 1 sobre o Atlético-MG, na sexta rodada, Ronaldinho emendou uma sequência de bons jogos. O melhor deles na quarta-feira passada, na impressionante vitória por 5 a 4 sobre o Santos. Fez três gols, seu sétimo "hat-trick" da carreira, e voltou a encantar. Diante do Grêmio, clube que o entregou ao futebol, jogou sem dó. Com um gol e uma assistência para Thiago Neves, estabeleceu o placar de 2 a 0. O resultado devolveu a vice-liderança ao Rubro-Negro, que tem 27 pontos, um a menos que o Corinthians.

Em seu 12º jogo pelo Fla no Brasileirão 2009, Adriano não marcou na vitória por 3 a 1 sobre o Galo. A equipe terminou a 15ª rodada em sétimo lugar, com 23 pontos. Assim como o Gaúcho, ele também alcançou um “hat-trick”. Fez três na goleada por 4 a 0 sobre o Inter, no Rio, na sétima rodada.

Fat
ia de gols do Imperador no time foi maior

A versão 2011 do Flamengo tem o melhor ataque do Brasileiro: 26 gols marcados. Vinte e cinco deles em jogos com a presença de Ronaldinho. Autor de nove, ele foi responsável por 36% do desempenho, descontado o gol do empate por 1 a 1 com o Ceará, na 11ª rodada (R10 cumpriu suspensão).
Na campanha do hexa, na 12ª partida de Adriano o Fla havia marcado 21 gols, oito deles do antigo camisa 10 – o equivalente a 38% do total (assista ao vídeo ao lado). O Imperador fez três de pênalti, dois sofridos por ele. Nenhum gol do Gaúcho ocorreu desta maneira.

Protagonista da conquista do Brasileiro há duas temporadas, Adriano fez 19 gols nos 30 jogos que disputou naquela edição e teve importância singular para tirar o clube mais popular do país da fila de 17 anos. Na arrancada do time rumo ao título, demonstrou algumas das virtudes de um líder: raça, dedicação e talento para fazer gols. Ergueu o troféu com uma média de 0,63 gols por jogo. Autor de nove gols em 12 partidas até agora, a média de Ronaldinho no nacional é melhor: 0,75. Se somarmos os gols e jogos do Carioca e da Copa do Brasil, ela cai: Em 30 confrontos, marcou 14 vezes, média de 0,46.

Equilíbrio ao mobilizar a torcida

O olhar por vezes desconfiado de Adriano foi substituído pelo sorriso fácil e os malabarismos de Ronaldinho nos treinos. Mas o carisma dos dois e o poder de mobilizar a torcida impressiona.
Adriano, depois de uma “aposentadoria” que não completou 60 dias, voltou ao Flamengo com 68 mil pessoas no Maracanã. Fez um gol na vitória por 2 a 1 sobre o Atlético-PR.
Ronaldinho teve o primeiro contato com os rubro-negros numa Gávea tomada por 20 mil pessoas. Não fez gol na estreia com vitória por 1 a 0 sobre o Nova Iguaçu, no início de fevereiro, mas atraiu mais de 42 mil ao Engenhão. À espera do craque, um mosaico gigante: “Bem-vindo, R10”.

Na volta de São Paulo após arrebentar contra o Santos, ele e o grupo foram recebidos com euforia por cerca de 200 pessoas no aeroporto. Contra o Grêmio, atraiu mais de 24 mil rubro-negros ao Engenhão. Os súditos do Imperador sonham com um novo desfecho marcante.